Memoria esquizofrênica. Suicidio. Psicanálise. Fernand-Viégas

Sabemos que o suicídio devido ao transtorno esquizofrênico continua sendo mais do que uma minoria; a população esquizofrênica é de 1%. Então, de que suicídio estamos falando quando falamos de suicídio juvenil? É suicídio existencialista ou suicídio por transtorno esquizofrênico (demência precoce)? Síndrome dissociativa. Como identificar os marcadores da esquizofrenia, um conjunto de sintomas muito variáveis: neurodesenvolvimento intrautero, de origem multifatorial, de base biológica genética hereditária. A esquizofrenia é uma disfunção neurológica da memória genética devido a uma desregulação neuroquímica no cérebro, um distúrbio entre o córtex pré-frontal e o hipocampo, o processo é desencadeado por ondas de calor entre os dezessete e os vinte anos. A memória esquizofrênica não consegue lembrar, a situação é apresentada a ela como se fosse uma situação nova a cada vez. O cérebro contém bilhões de células nervosas, o sistema de comunicação transmite mal a extensão das mensagens, o indivíduo não tem feedback, não tem continuidade, deve voltar atrás para encontrar a linha do pensamento; tem a impressão de ouvir vozes (mas na realidade essas vozes não são externas, fazem parte do seu mundo), ele é prisioneiro de suas alucinações, de seus delírios. A psicose borderline é um funcionamento de um indivíduo que não é esquizofrênico, não apresenta os sintomas (alucinações, delírios), essa ansiedade psicótica está no limite do campo neurótico, apresenta um transtorno de personalidade borderline. (2006) Fernand Viégas

Texto enviado SACD Homenagem ao Dr. Didier Anzieu